Instalação correta de corrimãos temporários: erros comuns e como evitá-los
Instalação correta de corrimãos temporários: erros comuns e como evitá-los
Autor: Equipa técnica PRL da Gapral
Data: 10 de janeiro de 2025
Os guarda-corpos temporários são um dos sistemas de proteção colectiva mais eficazes para evitar as quedas de altura. De acordo com a regulamentação espanhola, em particular o RD 2177/2004, devem ser instalados sempre que exista um risco de queda de um nível diferente de uma altura de 2 metros. Mesmo assim, estudos do mercado espanhol confirmam que muitas instalações falham não por falta de material, mas por erros de montagem que geram uma falsa segurança, mas devido a erros de montagem que geram uma falsa segurança.
Este guia resume os erros mais frequentes detectados no local e a forma de os evitar, seguindo o UNE-EN 13374, as boas práticas em matéria de PRL e critérios técnicos utilizados pelos gestores de prevenção, engenharia e segurança.
Requisitos regulamentares essenciais
1.1 Prioridade da proteção colectiva
O RD 2177/2004 estabelece que a proteção colectiva (guarda-corpos, redes, sistemas de retenção) tem prioridade absoluta sobre os EPI. As linhas de vida ou os arneses só podem ser escolhidos quando a instalação de barreiras de proteção for tecnicamente inviável.
1.2 Classificação EN 13374: como escolher o sistema adequado
A norma UNE-EN 13374 regula o desempenho mínimo das barreiras de proteção temporárias e classifica-as de acordo com a inclinação:
- Classe A: superfícies planas ou inclinação < 10°.
- Classe B: inclinação até 30°.
- Classe C: inclinação entre 30° e 45°, suporta cargas dinâmicas mais elevadas
A instalação de um Classe A num telhado de 20° é uma das falhas mais comuns e pode invalidar a proteção.
1.3 Dimensões obrigatórias
- Altura mínima da calha superior: 90 cm
- Grade intermédia: aprox. 50-60 cm
- Rodapé: mínimo 15 cm quando existe o risco de queda de objectos
2. Os erros de instalação mais frequentes
Erro 1: Escolher a classe EN 13374 errada
Ocorre quando um sistema “universal” é selecionado sem ter em conta a inclinação. Solução: medir antes da instalação, rever as fichas técnicas e documentar a escolha.
Problema 2: Fixações insuficientes ou mal distribuídas
Os contrapesos mal posicionados, as fixações em materiais inadequados ou o aperto incorreto são causas frequentes de falhas. Boas práticas: verificar a resistência do suporte, utilizar os elementos de fixação do fabricante e documentar os pontos críticos.
Erro 3: Altura incorrecta do corrimão
Os sistemas com 80 cm ou menos são automaticamente considerados “proteção insuficiente” pelo ITSS.
Erro 4: Não seguir o manual do fabricante
70% das deficiências detectadas nas auditorias de SST estão relacionadas com montagens não documentadas ou improvisadas.
Problema 5: Misturar componentes de sistemas diferentes
Invalida a certificação do sistema e o seu comportamento dinâmico.
Problema 6: Falta de inspecções regulares
Os corrimãos devem ser verificados:
- Antes da utilização diária
- Após acontecimentos climáticos adversos
- Após impactos ou reposicionamento
Erro 7: Não ter em conta a carga do vento
Especialmente crítico em sistemas autoportantes. A resistência ao vento deve ser avaliada de acordo com o manual do fabricante e o sistema deve ser reforçado, se necessário.
3. guia passo-a-passo para uma instalação correta
- Avaliar o bordo, o material do substrato e a inclinação.
- Selecionar a classe EN 13374 adequada (A, B ou C).
- Definir os pontos de fixação ou a distribuição dos contrapesos.
- Montar as bases ou suportes de acordo com o manual.
- Instalar postes verticais.
- Instalar o corrimão superior, o corrimão intermédio e o rodapé.
- Verificar o alinhamento, o aperto e a estabilidade.
- Realizar uma inspeção documentada e um registo fotográfico.
4. Consequências legais de uma instalação incorrecta
O LISOS prevê sanções que podem ir até 983.736 € para infracções muito graves relacionadas com a falta ou a má instalação de protecções colectivas. Também pode haver:
- Sobretaxa de prestações a partir de 30-50% (não coberto por seguro)
- Responsabilidade penal para gestores e diretores (art. 316.º do CP)
- Encerramento imediato dos trabalhos do ITSS
5. Melhores práticas recomendadas
- Seguir rigorosamente o manual do fabricante.
- Realizar formações específicas para a equipa de montagem.
- Não improvisar com elementos não certificados.
- Registar fotografias da montagem como prova documental.
- Adaptar o sistema a coberturas frágeis (uralite, painel sandwich).
FAQ: Perguntas mais frequentes
Posso substituir um corrimão por uma linha de vida?
Não, exceto se for demonstrado que a instalação de guarda-corpos é técnica ou estruturalmente inviável.
Com que frequência devo inspecionar uma barreira de proteção temporária?
Antes de cada utilização, após alterações climáticas e de acordo com o plano PRL.
De que classe necessito para um telhado de 15°?
Classe B de acordo com a norma UNE-EN 13374.
Os sistemas autoportantes necessitam de rodapé?
Sim, quando existe o risco de queda de ferramentas ou materiais.
Conclusão
Um guarda-corpos temporário corretamente instalado salva vidas e evita sanções. A aplicação correta da norma UNE-EN 13374 e o cumprimento do RD 2177/2004 são essenciais para qualquer trabalho ou manutenção em altura.
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